quinta-feira, 11 de março de 2010

Reestreia Musical "BESOURO CORDÃO-DE-OURO"

Musical reestreia no Sesc Tijuca, dia 5/3.
"O espetáculo musical "Besouro Cordão-de-Ouro", de Paulo César Pinheiro e direção de João das Neves, retorna aos palcos cariocas dia 5 de março e segue até 25 de abril no Sesc Tijuca, com apresentações de sexta a domingo. O trabalho marca a estreia de Paulo César Pinheiro como dramaturgo. O grande poeta da MPB também compôs músicas e letras inéditas para o musical. "Besouro Cordão-de-Ouro" tem direção musical de Luciana Rabello.

"Besouro Cordão-de-Ouro" estreou no Centro Cultural Banco do Brasil/RJ em dezembro de 2006 e vem realizando uma trajetória de sucesso - foi indicado ao Prêmio Shell de Teatro de melhor direção, música e cenário, vencendo na categoria melhor música do ano de 2008; escolhido como um dos 10 melhores espetáculos de 2006 pela crítica de teatro Barbara Heliodora do jornal O Globo; indicado ao Prêmio Contigo de Teatro nas categorias de melhor espetáculo musical brasileiro e melhor cenário.

O espetáculo faz homenagem a Manuel Henrique Pereira, o Besouro Cordão-de-Ouro ou Besouro-Mangangá, maior capoeirista de todos os tempos da Bahia. São muitas as suas estórias contadas através de outros mestres capoeiristas conhecidos como Canjiquinha, Bimba, Barroquinha, Caiçara, Budião, Rosa Palmeirão, Dora das Sete Portas e Pastinha.

Besouro, nascido em Santo Amaro da Purificação, deixou seu nome gravado nas rodas de capoeira por esse Brasil inteiro. Metido em política, impunha respeito e temor aos poderosos daquele princípio de século XX na velha Bahia. Sua vida virou lenda. Além de capoeirista, também tocava violão e compunha sambas-de-roda e chulas. Existe um samba, chamado Canto do Besouro, cujos versos de sua autoria "Quando eu morrer/Não quero choro nem vela/ quero uma fita amarela/ gravada com o nome dela" fazem parte do samba conhecido de Noel Rosa, no qual nosso poeta escreveu a segunda parte. Esse refrão também foi usado por Paulo César Pinheiro em Lapinha (com Baden Powell) - sua primeira música gravada e sucesso na voz de Elis Regina - com a qual venceu um dos mais concorridos festivais de música popular, a Bienal do Samba, da TV Record, em 68, hoje um clássico da MPB.

O palco - que se transforma numa grande roda de capoeira com atabaques, berimbaus, pandeiros e caxixis numa transposição do jogo da capoeira ¿ tem cenário de Ney Madeira (indicado ao Prêmio Shell de Teatro por este trabalho). Caixotes de madeira perfurados lembram um mercado, balaios espalhados pelo chão funcionam como poltronas e painéis com versos das letras das músicas do espetáculo, inspirados no poeta Gentileza, transfiguram com teatralidade o ambiente dos personagens, fazendo com que a platéia participe das cenas. Em meio a este clima, se contrapõem os figurinos envelhecidos pelas mãos de Rodrigo Cohen.

O elenco, todo composto de atores negros, foi escolhido em workshops realizados no CCBB, onde aconteceu a primeira montagem: Alan Rocha, Anna Paula Black, Cridemar Aquino, Letícia Soares, Valéria Mona, Iléa Ferraz, Raphael Sil, William de Paula, Wilson Rabelo, Marcelo Capobiango, Maurício Tizumba e Sérgio Pererê - os dois últimos vindos especialmente de Belo Horizonte para atuar no espetáculo. Maurício Tizumba e Sergio Pererê são músicos, cantores, compositores e atores. Tizumba tem quatro CDs lançados (o último, Moçambique, é de 2003) e, além de atuar e dirigir a Cia. Burlantins, fez o espetáculo Grande Otelo - Êta Moleque Bamba e, mais recentemente, a nova montagem do musical infantil de Os Saltimbancos, de Chico Buarque. Já Pererê lançou seu primeiro CD, Linha de Estrelas, e participa também do grupo Tambolelê, além de atuar no filme Besouro como o orixá Ossaim. No elenco, estão também dois capoeiristas cariocas.

Os atores contaram com dois grandes mestres na preparação corporal e coordenação de capoeira, Mestre Casquinha e Mestre Camisa, para transmitir-lhes os princípios desta arte ancestral e futura, que é a expressão da liberdade de um povo e deve ser praticada com reverência.

Além da música Lapinha, que dá o mote ao musical e ganhou oito novos versos especialmente para o espetáculo - um para cada personagem -, novas canções estão no espetáculo. São dez no total, feitas para cada toque do berimbau: Jogo de Dentro, Jogo de Fora, São Bento, Angola, Cavalaria, Benquela, Barravento, Iúna, Samango, Santa Maria e Besouro.

O espetáculo mostra, de maneira lúdica, a trajetória, filosofia, prática e música do mestre Besouro - um personagem brasileiro, tão rico e pouco explorado - e conta um pouco da história do Brasil e da nossa formação, com suas raízes culturais na música, na dança e no ritual. Besouro é um símbolo do Brasil, símbolo de coragem, qualidade, criatividade e resistência; um símbolo da cultura que forma o ser brasileiro.

- Paulo César Pinheiro teve o cuidado de humanizar a figura de Besouro, sem mitificá-lo. Então, este espetáculo é importante para o reconhecimento da cultura negra, resgatando estas figuras tidas como desordeiras e retratando-as com sua verdadeira face. Mostra mais profundamente a complexidade das relações dos descendentes de escravos e a sociedade brasileira. Este espetáculo, no fundo, resgata todas as etnias brasileiras e a forma de resistir com altivez - observa o diretor João das Neves.

Esta é mais uma realização da JLM Produções, cujo universo de atuação também está ligado à história musical do país, como nos musicais Obrigado, Cartola!, As Robertas - Loucas pelo Rei e Gota da D"Água, no show Bituca - O Vendedor de Sonhos, também com direção de João das Neves, no projeto acadêmico Jongos, Calangos e Folias: Memória e Música Negra em Comunidades Rurais do RJ - que desenvolveram em parceria com a Petrobras e UFF -, além dos espetáculos Um Homem Célebre e Carolina, em homenagem ao escritor Machado de Assis.

Trajetória do espetáculo

"Besouro Cordão-de-Ouro" seguiu, após a estréia em palcos cariocas, pelos três anos posteriores, em apresentações por todo o país: fez temporada na Casa França Brasil/RJ e Sesc Pompéia/SP, participou dos maiores festivais de teatro do Brasil como o Festival de Teatro de Curitiba - FTC/PR, Festival de Artes Negras ¿ FAN/MG, Festival Internacional de Teatro de Londrina ¿ FILO/SC e Festival Internacional de Teatro de São José do Rio Preto ¿ FIT/SP. Foi convidado para o Circuito Palco Giratório pelo Sesc Nacional se apresentando nas unidades do Sesc de Fortaleza, Cuiabá, Recife, Porto Alegre, Brasília, Araraquara, Santos, Salvador e Rio de Janeiro. Apresentou-se também na Caixa Cultural de Brasília e Curitiba e no Circuito Cultural do Banco do Brasil em Fortaleza, além de se apresentar na comemoração do aniversário da Fundação Palmares pela secretaria de cultura de São Paulo."

Sesc Tijuca
De 5/3 a 25/4,
De Sexta a domingo, 20h.
R$ 4 (comerciários)
R$ 8 (estudantes, idosos)
R$ 16. [livre]
Endereço
Rua Barão de Mesquita, 539
Telefone
(21) 3238-2100/Fax: (21) 2570-4178


Como chegar:

Para quem vem de metrô
Na bilheteria, peça pelo bilhete Integração Andaraí, Grajaú ou Muda.
Embarque no metrô sentido Zona Norte e desça na última estação: Saens Peña.
Embarque no ônibus integração (413A-Muda) e quando o ônibus entrar na Rua Barão de Mesquita desça no primeiro ponto.
Caso prefira não embarcar na integração, saia da estação e siga pela Rua General Roca, sentido contrário ao tráfego. Na última rua à esquerda, siga no sentido Andaraí/Grajaú pela Rua Barão de Mesquita.
As linhas 607 e 238 também podem ser uma opção pra quem vem de Metrô linha 2 e desce no Estácio.

Para quem vem de ônibus
Centro: linha 238 (mergulhão/Lapa) - desça no segundo ponto da Rua Barão de Mesquita.
Mergulhão (Praça XV): linha 413 Muda (217-Andaraí/226-Grajaú) - descer no primeiro ponto da Rua Barão de Mesquita) e linha 415 - descer na Praça Saens Peña e vir andando no sentido Rua General Rocca. Dobrar à esquerda e seguir adiante.
Outra opção é descer mais à frente na esquina da Rua José Higino e seguir andando até o final e dobrar à esquerda. Ao lado do bar - Sol Nascente - já é o SESC Tijuca.
Linha 422 - Descer assim que passar do Shopping Tijuca, na Rua Barão de Mesquita (perto do posto de gasolina, depois do Batalhão). Seguir pela Rua Barão de Mesquita até chegar ao SESC, número 539.

Rodoviária Novo Rio: linha 606 Engenho de Dentro - ponto final atrás da Rodoviária Novo Rio, passar pela Leopoldina e seguir pela Praça da Bandeira, São Francisco Xavier, Mariz e Barros, Almte. Cochrane, Conde de Bonfim, José Higino e Barão de Mesquita. Linhas 233 e 234 (via Alto) também param na Praça Saens Peña e na esquina da Rua José Higino, depois é só seguir as mesmas instruções da linha 415.

Para quem vem do Centro e já está na Presidente Vargas ou na Praça Mauá, a linha 220 faz o mesmo caminho da linha 415.
As linhas 226 e 217 saem da Carioca e param no mesmo ponto do 413, na porta do SESC.
Alguns bairros da Zona Norte:
Abolição: linha 638.
Cachambi: linha 623, em frente ao Norte Shopping, sentido Saens Peña.
Cascadura: linha 607.
Jacarepaguá: linhas 601 e 636.
Jardim América: linha 639, o ponto final é na Rua Barão de Mesquita.
Madureira: linhas 638 e 636.
Marechal Hermes: linha 638.
Méier: linhas 627, 625, 607 e 606 na Dias da Cruz.
Olaria: linha 625.
Penha: linhas 623, 488L - Caxias/Usina, linhas 621, 622, 630 (o ponto final é na Igreja Santo Afonso).
Piedade (Av. Suburbana): linha 638.
Pilares: linha 627.
Alguns bairros da Zona Sul:
Gávea/ Jardim Botânico/ Botafogo: linhas 410 ou 409.
Laranjeiras / Largo do Machado: linha 422.
Niterói e São Gonçalo
A linha 423 São Gonçalo/Vila Isabel também para na porta do SESC, no primeiro ponto da Rua Barão de Mesquita.
Para quem vem de Niterói, o ideal é pegar a Barca e depois o ônibus no mergulhão (ver indicação acima).
Barra
Linhas 233 (via Avenida Sernambetiba), 234 e 225 (via Av. das Américas) param na esquina da Rua José Higino e na Praça Saens Peña. Depois é só seguir as mesmas instruções da linha 415.

Para quem vem de trem
Descer na estação Central do Brasil e pegar o 217 Carioca / Andaraí na pista do meio da Av. Presidente Vargas, sentido Zona Norte ou 413 Muda (descer no primeiro ponto da Rua Barão de Mesquita).
Outra opção é o 415: descer na Praça Saens Peña e andar no sentido da Rua General Rocca, dobrar à esquerda e seguir adiante. Ou descer mais à frente na esquina da Rua José Higino, seguir até o final e dobrar à esquerda. Ao lado do bar - Sol Nascente - está o Sesc Tijuca.

Para quem vem de barca
Quem vem de barca, deve descer na Praça XV e pegar o 238 no ponto final ou o metrô na estação Carioca ou o 413 Muda (saltar no primeiro ponto da Rua Barão de Mesquita). Também pode pegar o 415, descer na Praça Saens Peña e seguir no sentido Rua General Rocca. Dobrar à esquerda e seguir adiante. Outra opção é descer mais à frente na esquina da Rua José Higino, ir até o final e dobrar à esquerda. Ao lado do bar - Sol Nascente - está o Sesc Tijuca.



Extraído de
http://www.sescrio.org.br/main.asp?View={3C727F1D-636C-4ADC-A17E-CB2424272525}&Team=&params=itemID={36D9A204-B643-455F-B0E0-E9D735DE649F}%3BCategory={36D9A204-B643-455F-B0E0-E9D735DE649F}%3B&UIPartUID={FBCCD680-31A7-4DA9-8473-72D9B9C39EEC}

Um comentário: